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26. CAPÍTULO VINTE E SEIS

CAPÍTULO VINTE E SEIS
ato dois: a ordem da fênix

O TREINO DE quadribol havia começado recentemente, Erika e Ernie não podiam deixar de sentir o vazio de Cedric ser o capitão toda vez que chegavam em campo, não é que eles não gostassem do novo capitão, eles gostavam bastante de Summerby já que ele fazia parte do grupo de amigos de Cedric, mas não era a mesma coisa.

Pelo menos o novo capitão seguiu o mesmo caminho de Cedric ao colocar Erika e Zacharias em equipes adversárias durante os treinos, tentando garantir que eles não se esbarrassem com frequência durante as corridas ou coisas assim para evitar qualquer tipo de altercação. Se todos na casa da Lufa-Lufa tinham certeza absoluta de uma coisa, era que Zacharias Smith e Erika Frukke não se suportavam.

Eles estavam tendo uma pequena partida de treino antes do início dos testes para o novo time de Quadribol. Não havia muitas pessoas nas arquibancadas. Geralmente eram amigos de pessoas que estavam indo para os testes ou que simplesmente não tinham nada melhor para fazer e sentavam lá para passar o tempo. O time oposto ao de Erika estava ganhando, o que fez o ego de Zacharias aumentar bastante. Cada vez que ele passava por ela, ele a olhava com superioridade, como se vencer uma partida de treino fosse a melhor coisa de toda a sua carreira de quadribol e Erika não conseguia evitar de revirar os olhos de aborrecimento toda vez que isso acontecia.

De repente, minutos antes do final do jogo, ela teve que voar rapidamente para salvar um garoto do terceiro ano que congelou ao ver um balaço vindo direto em sua direção. Ele era um dos que queriam entrar nas provas de caçador, se ele congelou assim na frente de um balaço quando fosse seu teste, o coitado não sobraria a um jogo. O menino agradeceu rapidamente e assim que saiu o capitão encerrou o aquecimento.

Eles tiveram um leve descanso antes de iniciar os testes, Ernie se aproximou de Erika voando na vassoura enquanto bebia um pouco de água.

— Zacharias está mais insuportável agora. — Erika reclamou, olhando na direção do loiro. — Não sei porque os menores falam com ele como se ele fosse o Ludovic Bagman do time.

O menino estava na quadra conversando com os candidatos para entrar no time, falando como se fosse o melhor de todos, os pequenos o ouviam com atenção, quase o vendo como um exemplo a seguir. Ele era bom, ninguém podia negar, mas se exibia demais e isso às vezes afetava seu desempenho em alguns jogos. Ao revirar os olhos, Erika viu uma figura na arquibancada que chamou sua atenção. Ela não era a única. Havia mais pessoas ao seu redor que não eram relacionadas a ela, mas sua presença em si foi quem chamou sua atenção quase como se brilhasse ao redor das outras pessoas que, aos seus olhos, eram cinzentas.

Hermione estava na arquibancada com um livro aberto, lendo silenciosamente, transformando a arquibancada em sua biblioteca pessoal. Era estranho vê-la no campo de quadribol sem Harry ou Rony, que eram notoriamente a única razão para Hermione pisar ali. Curiosa, ela decidiu se aproximar da arquibancada voando suavemente para conversar um pouco com a Grifinória.

— Escrevendo estratégias inimigas? — Erika brincou quando chegou perto o suficiente.

Hermione ficou surpresa ao ouvir de repente uma voz familiar e levantou a cabeça rapidamente, conseguiu ver Erika flutuando em sua vassoura naturalmente em frente à borda que dividia as arquibancadas do campo de Quadribol. Ela estava vestindo o uniforme de treino, uma camiseta amarela com mangas pretas onde o brasão da casa da Lufa-Lufa estava no peito. A garota de olhos azuis desceu agilmente da vassoura na beirada de madeira que funcionava como grade e sentou-se com as pernas balançando, de frente para Hermione para conversar com mais conforto.

Hermione sorriu com isso e com a pergunta que fez a ela.

— Se eu soubesse alguma coisa sobre o que eles fazem, talvez considerasse escrever. — Hermione brincou com um sorriso torto. — Estou esperando alguém.

— Oh sério? — Erika perguntou com notável surpresa.

— Sim, mas cheguei um pouco mais cedo para ver o treino. — Hermione confessou um pouco envergonhada.

— Brilhante! Você está interessada em Quadribol? — a Lufa-Lufa perguntou animadamente.

Sim, embora ela estivesse mais interessada em quem jogava quadribol.

— Algo assim. — Hermione respondeu franzindo os lábios e desviando o olhar.

— Você viu o aquecimento há pouco? — Hermione acenou com a cabeça diante da pergunta. — Que pena, prometo que jogo melhor que isso... — Erika murmurou um pouco envergonhada com sua performance.

Hermione riu, o que fez Erika sorrir um pouco de volta, começando a balançar as pernas como uma garotinha.

— Foi bom, quando você ajudou aquele garoto para que o balaço não batesse na cabeça dele foi ótimo. — Hermione comentou fechando seu livro para prestar toda atenção na garota que estava a sua frente.

— Você estava me observando?

— Talvez. — ela murmurou, reprimindo um sorriso torto.

Erika não sabia por que isso lhe dava uma grande emoção, ela sabia que Hermione não era uma grande fã de Quadribol e ela mesma havia mencionado que não visitava o campo a menos que a Grifinória estivesse jogando. Por um momento pareceu que Hermione realmente tinha vindo vê-la.

Duas figuras subiram as escadas e a Lufa-Lufa as viu com o canto do olho. Ao olhar para lá, reconheceu imediatamente o sorriso da prima, aquele sorriso malicioso que ela sempre usava no rosto ao lado de Lea, que aparentemente não era. muito bom nisso exercício físico depois de ter que subir as escadas para as arquibancadas. As duas se aproximaram de onde Hermione estava sentada e Erika olhou confusa e então juntou as peças, Hermione estava esperando por elas. Mas por que no campo de Quadribol?

— Erika, que bom ver você. — o ruivo cumprimentou, sentando-se ao lado de Hermione ao mesmo tempo que Lea sentou-se ao lado dele.

— O que você está fazendo aqui? — Erika perguntou confusa com uma carranca e um tom levemente áspero.

Hermione olhou para eles um pouco confusa e então perguntou. — Vocês se conhecem?

Alex, Lea e Erika se entreolharam ao mesmo tempo. Frukke havia esquecido de contar a Hermione que o novo garoto em sua casa era seu primo, Alex e Lea ficaram confusos pensando que seria óbvio associá-los como parentes pelos sobrenomes.

— Claro que nos conhecemos, somos uma família. — Alex disse com uma risada leve e cheia de obviedade. — Erika é minha prima.

Hermione franziu a testa e olhou para Erika esperando pela confirmação, quando a Lufa-Lufa assentiu sem jeito ela ficou surpresa, mas de uma forma mais indignada do que surpresa.

— O sobrenome de solteira da minha mãe é Scamander. — Erika murmurou timidamente, tamborilando os dedos na beirada onde estava sentada em sinal de nervosismo. — Eu sou neta de... Newt Scamander.

— Quando você estava planejando me contar?! — Hermione exclamou indignada, levantando-se abruptamente.

A garota repreendida ficou um pouco assustada e recuou, arriscando uma queda de vários metros. Alex assistia a cena divertido enquanto Lea estava apenas confusa. Ocorreu-lhe que ninguém sabia que Erika era neta de Newt Scamander quando era bastante óbvio e algo muito importante quando seu avô era bastante conhecido no mundo mágico.

— Você nunca perguntou! — a nervosa Lufa-Lufa se defendeu, se recuperando do choque da queda, se ajustando para sentar de forma mais segura. — Agora me conte o que vocês estão fazendo aqui. — Erika falou com Alex apontando a cabeça para ele.

— Não mude de assunto Erika Annette. — Hermione repreendeu, cruzando os braços.

— Nossa, você sabe o nome do meio dela? — Alex perguntou divertido.

— Por que você sabe meu nome do meio? — Erika gritou levemente de medo.

— Isso não importa! — exclamou Hermione chateada.

Um apito vindo do campo de Quadribol interrompeu a pequena conversa que se formara, Ernie chamando Erika indicando que ela deveria voltar ao treino. A garota de olhos azuis suspirou e olhou uma última vez para o primo que apenas piscou para ela.

— Não se preocupe, não farei nada, você já me deixou claro. — ele disse com clara intenção de irritar, erguendo as duas mãos como se estivesse se rendendo.

— Não seja idiota. — Erika rosnou revirando os olhos, levantando-se e pulando em sua vassoura, mas não antes de olhar entre Hermione e Alex uma última vez.

Hermione inclinou a cabeça com aquela troca, observando Erika ir embora brincando com o taco na mão e arrumando o cabelo curto que voava em seus olhos de vez em quando. Alex havia pedido a ela o favor de levá-lo para conhecer o campo de Quadribol e como eram as provas para que ele pudesse ingressar no time da Grifinória, Hermione aceitou e aproveitou para conhecer o time da Lufa-Lufa que tinha seu treino marcado para aquele dia, fato que ela soube com Harry quando ela perguntou se o campo de quadribol estaria movimentado naquela tarde. Isso lhe deu a oportunidade de ver Erika numa faceta que ela queria conhecer assim que descobrisse que ela fazia parte do time de Quadribol.

— Obrigado por me mostrar o campo de Quadribol, Hermione. — Alex disse a ela com um sorriso gentil. — Você por acaso faria a gentileza de nos mostrar a torre de astronomia? Lea não sabe como chegar lá sem se perder nas escadas.

Imediatamente Hermione assentiu, sorrindo ao pequeno golpe que a morena deu em seu irmão por envergonhá-la um pouco, os três se dirigiram para a torre de astronomia conversando casualmente, o que não passou despercebido por Erika que olhou para trás e ficou de olho em seu primo que falava animadamente com Hermione, fazendo-a rir baixinho de algo que ele lhe contou.

— Tudo certo? — Ernie perguntou ao lado dela com um pouco de preocupação.

Erika desviou o olhar dos grifinórios para olhar para seu melhor amigo e assentiu silenciosamente, mas Ernie não estava completamente convencido, sua amiga estava franzindo a testa como se algo a estivesse incomodando, mas no momento não sabia o que era.

Por que a incomodava que seu primo passasse um tempo com Hermione? Não era como se a morena gostasse de passar mais tempo com Alex do que com ela, certo?

_____________________

Erika saiu do escritório de Umbridge com a mão sangrando muito, aquele tinha sido seu último dia de punição e ela finalmente pôde deixar sua mão descansar adequadamente. Com o treino de Quadribol há poucos dias a ferida havia aberto um pouco com uma queimação insuportável, Ernie a ajudou aplicando o creme que Hermione havia lhe dado para a ferida, ela teve que procurar algo para agradecer a Grifinória porque sem ela, a ferida teria ficado muito pior depois de acertar balaços durante a maior parte da tarde.

Ela não viu Alex, Lea e Hermione durante o dia após a conversa deles. Ela tinha certeza que Hermione iria lhe dizer, totalmente indignada, que como ela poderia ter escondido essa parte de sua vida dela quando o assunto de seu pai surgiu, mas isso não aconteceu, Hermione não aparecia muito fora da aula nos corredores.

Ela desceu as escadas até o primeiro andar para ir até sua sala comunal e se deitar, mas ficou surpresa ao encontrar Lea que parecia estar vindo do jardim. Antes que Erika desse mais um passo, a mais nova de repente agarrou seu pulso com bastante força, assustando-a e olhando para ela com os olhos bem abertos.

— O que aconteceu? — Erika perguntou preocupada à Corvinal.

— Eu quero conversar, não quero que você fuja. — Lea respondeu com seu típico tom neutro.

— Eu não vou fugir, você só precisa me dizer que quer conversar. — ela aconselhou, recebendo um movimento positivo de sua prima.

Lea olhou atentamente para a mão de Erika e franziu a testa.

— Sua mão parece pior. — Lea murmurou.

— O que?

— Eu sei sobre os castigos de Umbridge. — Lea respondeu, soltando a mão da garota de olhos azuis. — Uma garota da minha idade... A ruiva com quem você às vezes conversa.

— Ginny? — Erika inclinou a cabeça e quando Lea assentiu ela franziu a testa. — Eles a puniram?

— Sim, ela não trabalhou nas aulas e começou a discutir então Umbridge a mandou para a detenção. — Lea disse apertando os lábios. — Luna me contou que viu a mão dela estava muito ruim, parece que ela a fez escrever mais de uma frase.

Erika franziu a testa, ficava cada vez mais óbvio que Dolores gostava de torturar crianças. Ela também não ficou surpresa que Ginny tenha ganhado detenção com Umbridge, ela esperava que ela fizesse o mesmo que Hermione ao não trabalhar nas aulas em protesto, mas supôs que ela levou isso a outro extremo.

— Você está falando com Luna? — Erika perguntou curiosa.

— Sim. — Lea assentiu com um pequeno sorriso. — Ela é ótima e me conta sobre as coisas que gosta. Ela me contou que conheceu você na reserva de criaturas mágicas da escola.

— Sim, às vezes não conversamos muito, mas somos amigas.

Lea assentiu, seu rosto parecendo dizer que ela queria conversar sobre outra coisa.

— Posso te perguntar uma coisa? — Lea olhou para ela com sua cara curiosa.

— Claro. — Erika sorriu.

—Por que as pessoas não sabem sobre sua mãe?

Oh.

Talvez isso tenha parecido um leve soco no estômago.

Ela não tinha vergonha de fazer parte da família Scamander, pelo contrário, se dependesse dela, usaria esse sobrenome no lugar do pai e com certeza sua vida seria mais tranquila e normal. Ela honraria sua mãe como deveria, mas ninguém lhe perguntava sobre ela, sempre que lhe perguntavam sobre sua família era para perguntar sobre seu pai e ponto final da conversa.

— Ninguém me pergunta. — Erika respondeu com um pouco de tristeza. — Não escondo que sou filha de Ariadna Scamander, ninguém simplesmente me dá a oportunidade de falar sobre ela. — ela suspirou. — Eles sempre me perguntam sobre meu pai, você sabe, Nathaniel Frukke, braço direito de Voldemort e tal.

— Ah... Eu entendo. — Lea murmurou enquanto balançava a cabeça.

— Sim...

Lea pigarreou um pouco e começou a brincar com a manga larga do roupão.

— Tudo bem se eu disser que somos uma família? — Lea perguntou.

Erika olhou para ela com uma leve surpresa, que tipo de pergunta era essa?

— Claro. — ela respondeu obviamente. — Mas talvez eles comecem a falar coisas para você por ser prima de uma Frukke.

— Não, certamente traz benefícios. — Lea respondeu simplesmente.

— Benefícios? — confusa Erika colocou as mãos nos bolsos.

— Sim, você sabe. Agora que você é popular e monitora, talvez eu possa usar isso para impedir que Luna seja importunada na aula quando Ginny estiver fora.

Erika riu baixinho, ela duvidava bastante do poder que seu nome poderia carregar em um momento como aquele.

— Ninguém me teme, Lea. — Erika disse a ela com um sorriso torto.

— Deveriam. — Lea disse imediatamente. — Com o que ouvi sobre sua discussão com Umbridge sinto que eles deveriam ter um pouco de respeito por você.

Erika balançou a cabeça divertida, ela se arrependia de discutir com Umbridge a cada dia que passava, ela gerou rumores de que a confrontou da mesma forma que Harry mas não foi assim, ela não foi tão corajosa. Não havia nada a respeitar ou temer nela.

Ou assim pensou.

— Ah, falando naquela mulher, queria te contar algumas coisas sobre Umbridge. — Lea disse de repente, aproximando-se de Erika como se fosse lhe contar um segredo.

— Como você sabe coisas sobre Umbridge? — Erika perguntou confusa, abaixando-se um pouco para tornar a conversa mais privada.

Lea era da América, como ela poderia saber algumas coisas sobre alguém do Ministério da Magia Britânico?

— Chama-se leitura. — Lea respondeu revirando os olhos, quase chamando-a de estúpida. — Leis mágicas são meu forte e isso significa saber tudo sobre cada ministério da magia.

Erika piscou tentando processar aquela informação, ela imaginou a mente da prima como uma gaveta cheia de pastas e cada pasta estava dividida por países e seus ministérios. Ela sabia que era inteligente, mas não achava que fosse ao ponto de conhecer todas as leis mágicas.

— Ela não é muito querida no Ministério da Magia Britânico. — ela continuou, Erika murmurou um 'notoriamente' e Lea riu um pouco. — Ela escreveu a legislação anti-lobisomem fazendo com que os lobisomens tivessem uma vida pior depois de terem lutado tanto por direitos básicos.

Isso explicava porque Remus não conseguia encontrar um emprego, quão ruim você deve ser para propor uma lei contra pessoas que geralmente são como são sem querer e precisam aprender a viver assim? Se os lobisomens tivessem dificuldade em aceitar o que eram com aquela legislação, seria pior.

— E ela é conhecida por odiar qualquer criatura semi-humana, bruxos mestiços ou descendentes de trouxas. — Lea parou por alguns segundos. — Acho que você já percebeu isso, certo?

Erika assentiu, não foi difícil perceber que o olhar de ódio que a mulher lançava para Hermione toda vez que ela a contradizia não era apenas por interromper sua aula.

Mulher estúpida.

— Você sabe muito, é muito inteligente. — Erika a lisonjeou com um sorriso. — Mas por que você está me contando isso?

— Então você pode ficar de olho nela. — Lea simplesmente ergueu os ombros. — Talvez saber mais sobre como ela é ajude você a entender por que ela diz as coisas que diz.

Erika bagunçou os cabelos com um pouco de orgulho, seu lugar na Corvinal estava à vista, sus prima era muito inteligente. Era uma questão de pensar em como ela conseguiu as informações de Umbridge quando ela morava nos Estados Unidos, e se não fosse o caso, procurar as informações em livros ou jornais e memorizá-las como se fosse a coisa mais casual. O mundo da política mágica era gigantesco e parecia que Lea tinha tudo resumido na cabeça.

— Obrigada. É hora de você ir para sua sala comunal, está prestes a chegar o prazo final. — a Lufa-Lufa disse olhando para o relógio.

— Você não tem uma rodada hoje? —Lea perguntou fazendo beicinho, esperando que su prima a levasse para não levar uma bronca.

— Não, amanhã sim. — de repente ela fez uma careta, a ferida estava cicatrizando, fazendo com que queimasse. — Devo ir tratar a ferida, obrigada, Lea.

A morena se despediu com um pequeno sorriso e caminhou rapidamente em direção a sua sala comunal, não era longe mas havia muitas escadas para subir, o que ela não gostou na primeira vez que subiu e até aquele dia isso não parou de incomodá-la.

Erika caminhou até sua sala comunal pensando nas palavras de sua prima, se Umbridge tivesse essa reputação seria improvável que Dumbledore a tivesse contratado por prazer, confirmando totalmente a teoria que Hermione havia contado a ela.

Merlin, como aquela garota era inteligente.

Ela chegou em sua sala comunal esfregando a testa, sua cabeça estava começando a doer um pouco há dias e era o tipo de dor que não passava depois de um cochilo. Ela culpou a mão pelo ferimento e o pouco sono que teve, provavelmente estava exausta e não percebeu. Ela viu como em uma das mesas Hannah e Justin estavam jogando snap explosivo, um jogo em que Justin era péssimo, mas Ernie e Hannah jogavam com ele só para rir de sua frustração porque ele não sabia perder.

—  Você tem que ser mais rápido Justin. — ela ouviu Hannah dizer com um tom zombeteiro.

— Você está estragando eles, Hannah! — afirmou o menino, totalmente irritado.

Erika se aproximou da mesa e sentou-se, procurou Susan e Ernie mas não os encontrou em lugar nenhum. Ela não tinha certeza se o loiro tinha patrulha, era possível, mas ela não conseguia pensar onde estava sua amiga ruiva.

— Você viu Susan? — perguntou Erika.

— Na cama. — Hannah respondeu embaralhando as cartas. — Ela não está bem.

A garota de olhos azuis entendeu imediatamente e assentiu, levantou-se e foi até o quarto ver como estava a amiga. Ela abriu a porta e Susan estava na cama já de pijama e lendo um livro de poções.

— Como você está se sentindo? — Erika perguntou se aproximando de sua cama.

— Tudo dói. — ela respondeu com um sorriso vendo a amiga se sentar. — Hoje foi seu último castigo, certo?

Erika assentiu feliz.

— Minha mão finalmente poderá descansar. — Erika disse aliviado. — Precisa de alguma coisa? Posso descer e fazer um chá para você, se quiser.

— Não se preocupe, Eri...

— Tem certeza? — ela insistiu.

Susan suspirou e acabou aceitando. Erika sorriu e saiu da sala para ir para a sala comunal, onde poderiam fazer seus próprios chás sem ter que ir para a cozinha. Eles tinham jarras de água e caixas de chá ou café, para que você pudesse ferver água com a varinha e despejar em uma xícara como se não fosse nada. Era bastante conveniente e necessário para casos como o de Susan.

— Ele permaneceu em silêncio. — ela ouviu uma voz masculina passando atrás dela. — Ele ficou bravo quando eu contei o que pensava, você sabe o que dizem, quem não faz nada não teme nada.

Era Zacharias, o Zacharias insuportável. Ela virou a cabeça para ver onde ele estava e o encontrou sentado no sofá com dois de seus amigos, ele não estava tão longe então ela podia ouvir a conversa deles enquanto ela preparava chá para sua amiga.

— E o que ele te contou? — perguntou um dos companheiros do loiro.

— Que eu não sabia o que estava dizendo e Granger o empurrou olhando horrível para mim. — ele disse vitimado. — Eu só quero saber o que aconteceu com meu parceiro, até o Weasley estava prestes a me bater!

Ao ouvir que ele presumiu ter perguntado a Harry sobre Cedric, ela desejou que Ron tivesse dado um soco na cara dele para que ficasse claro e não enfiasse o nariz onde não deveria.

— Esses dois estão bastante violentos ultimamente. — disse o outro garoto que estava à esquerda de Zacharias. — Você não pode mais contar nada para eles.

— É verdade! Como eles podem tentar bater em você por perguntar algo sobre seu amigo? — exclamou o da direita.

Ao ouvir isso, ela sentiu que deveria intervir.

— Porque ele não era amigo dele. — Erika apareceu atrás deles.

Zacharias bufou e levantou-se ameaçadoramente para olhá-la cara a cara. Os dois companheiros pareceram um pouco constrangidos ao ver que estavam quase na mesma altura, Zacharias era alto e Erika estava prestes a alcançá-lo um pouco.

— Não te disseram que é falta de educação ouvir as conversas dos outros?

— E não te disseram que é falta de educação interferir onde não é chamado? — sua voz parecia séria.

— Não acho que querer saber do meu companheiro seja intromissão, se ele não quer admitir que o matou.... — Zacharias revirou os olhos, cruzando os braços.

— Harry não é um assassino, Voldemort é. — Erika rosnou. — Se você prefere acreditar em um diário mais manipulado que sua estadia na Lufa-Lufa ao invés de Harry, é com você, mas não o incomode.

O loiro estalou a língua e suspirou.

— E você acredita nele?

— Sim.

— Por que?

— Porque ouvi o que ele me contou e acreditei nele. — Erika disse obviamente. — Eu soube do que ele estava falando imediatamente quando ele contou.

– Claro, é verdade. — Zacharias assentiu como se entendesse. — Por que seu pai está nisso, certo?

O olhar de Erika endureceu e ela cerrou o punho com força.

— Não entre em território perigoso, Smith. — Erika murmurou, começando a se virar para deixar a discussão ali.

Zacharias sorriu e olhou para os dois amigos como se quisesse deixá-los ver o que ele iria fazer.

— Não me diga que você acredita nele porque você sabe que o papai estaria interessado nisso se fosse verdade... — ele riu baixinho.

Erika se virou e caminhou rapidamente em direção a Zacharias para agarrá-lo pela gola do suéter, assustando-o. Ela olhou furiosamente para o garoto e o loiro não pôde evitar engolir em seco ao ver como os olhos daquela garota mudaram de cor ao redor de suas íris e quando sentiu a ponta do cabelo dela cutucando seu torso.

— Eu toquei em um ponto sensível? — el riu, parecendo nervoso. — Agir com violência é apenas algo que você não gosta, talvez você seja filha de um Comensal da Morte afinal.

— Erika, o que diabos você está fazendo?! — a voz de Justin foi ouvida assim que um barulho seco foi ouvido.

Zacharias caiu com força no chão perto da lareira, Erika o empurrou com um forte golpe no peito para que ele caísse no chão em busca de ar. Ela olhou para ele seriamente prestes a se aproximar dele para bater nele, mas sentiu Justin agarrar seu ombro para afastá-la e repreendê-la.

— Você é monitora, o que há de errado com você?! — Justin exclamou irritado, olhando diretamente nos olhos dela.

— Esse idiota falando besteira como sempre! — Erika exclamou de volta apontando para o loiro que estava sendo pego por seus companheiros.

Hannah se aproximou, preocupada com a amiga, e olhou para Zacharias com raiva.

— Se você contar ao Sprout, vou pendurar você no lustre da cozinha. — Hannah ameaçou.

O garoto balançou a cabeça e subiu para seu quarto, esfregando o peito, murmurando coisas sobre a garota de olhos azuis.

— Ele começou a falar da minha família!

— Ok, eu entendo, mas você não pode bater em alguém, Eri. — Justin tentou acalmá-la. — Não dê esse prazer a ele, só estava te provocando.

— Certamente ele mereceu, mas Justin está certo. Se você for indulgente com ele, você estará em uma posição ruim, você já sabe que ele é um péssimo fofoqueiro. — Hannah acariciou gentilmente o braço da amiga.

— Um dia desses vou bater na cara dele... — Erika murmurou, desviando o olhar, irritada.

— E estaremos na primeira fila para ver. — Hannah disse a ela imediatamente. — Relaxe, ok? Leve o chá para Susan e vá para a cama, irei passar a loção na sua mão.

Erika assentiu silenciosamente e se desvencilhou do aperto de Justin com força, ela rapidamente fez chá para Susan e subiu para seu quarto tentando acalmar a fúria que sentia, era como se seu sangue fervesse só de lembrar das palavras Smith. Ela abriu a porta do quarto e mudou imediatamente de rosto para não preocupar a amiga, deixou o chá em sua mesa recebendo um agradecimento e sentou-se na cama com os olhos fechados, sua dor de cabeça havia aumentado a tal ponto que ela sentiu sua cabeça latejar.

— Tudo certo? — Susan perguntou de sua cama.

— Minha cabeça dói, só isso. — Erika murmurou.

A porta se abriu com estrondo, assustando um pouco Susan, Hannah apareceu com os olhos bem abertos e um sorriso gigante.

— Erika quase matou Zacharias! — Hannah exclamou enquanto fechava a porta atrás dela.

— Isso é tudo? — Susan olhou divertida para Erika que grunhiu em reclamação.

— Eri, quando eu disse àquele idiota que iria pendurá-lo no lustre da cozinha se ele abrisse a boca eu falei sério. — disse a loira andando pela sala parando em frente ao pequeno fogão no meio onde havia uma toalha secando.

— O que ele fez agora? — Susan olhou para Hannah com curiosidade e um pouco aborrecida.

Erika suspirou e fez um resumo para Susan e Hannah, que não sabia por que sua amiga quase matou Zacharias mas não se importou com o contexto para defendê-la porque ele sempre merecia apanhar.

Era chato que todo ano o menino procurasse uma desculpa para deixá-la com raiva, ela não sabia o porquê, Ernie sempre dizia que era porque Erika reagia imediatamente, 'fogo curto' Justin dizia toda vez que ela ficava com raiva. Mas como não fazer isso? Zacharias sabia como apertar os botões certos para irritá-la e provavelmente colocá-la em apuros a qualquer momento.

Resolveram deixar a situação de lado e ir dormir, não valia a pena continuar falando de Zacarias para dar-lhe relevância em algum momento de sua vida.

Você deveria tê-lo matado...

Um sussurro arejado foi ouvido enquanto ela tentava adormecer.

Não é o lado certo...

O sussurro disse novamente.

Novamente o frio em seu corpo, como se algo frio percorresse seus braços até chegar em seu peito, o frio de repente atravessou seu peito, agarrando seu coração, fazendo com que ela acordasse novamente com uma mão em seu peito, sentindo seu coração batendo acelerado. Ela olhou para frente e se assustou com uma pilha de roupas penduradas no fogão no meio da sala. Ela passou a mão pelo rosto tentando relaxar.

Ela iria pedir a Madame Pomfrey poções para parar os sonhos assim que tivesse tempo.

Ela tentou continuar dormindo mas foi impossível, ela saiu do quarto silenciosamente para não acordar as amigas e desceu para beber algo quente para relaxar o corpo e ajudá-la a dormir. Erika desceu as escadas preguiçosamente e coçando o abdômen enquanto bocejava, um hábito que Danielle lhe disse para não fazer na frente de outras pessoas porque poderia parecer feio, mas ninguém nunca reclamou de nada com ela, então continuou fazendo isso.

O que ela não esperava era ver que a lareira estava acesa, não completamente, mas as brasas estavam lá e ela também não estava sozinha. No chão em frente à lareira e encostado na poltrona estava Justin, em sua mão havia uma carta e ele estava com a cabeça baixa enquanto seus ombros tremiam um pouco. Ela se aproximou silenciosamente para não assustá-lo.

— Justin? — Erika chamou ele, e o menino levantou a cabeça rapidamente, assustado. — É quase meia noite, o que você está fazendo acordado?

O moreno engoliu em seco e imediatamente se levantou, com as costas da mão esquerda enxugou as lágrimas e depois dobrou a carta para colocá-la no bolso da calça do pijama.

— Eu sei, desculpe. — Justin disse, sua voz soando um pouco rouca por ter chorado.

— Você estava... Chorando? — a garota de olhos azuis perguntou.

Justin imediatamente balançou a cabeça e olhou para o chão mas não se mexeu, ele permaneceu parado na frente da amiga que o observava atentamente tentando descobrir o que estava acontecendo com ele. Justin não era de expressar muito seus sentimentos, geralmente quando se sentia fraco ele escondia isso e era uma característica que ele compartilhava com Erika, então ela sabia exatamente que algo estava realmente acontecendo.

— Desculpe. — Justin disse novamente para sentar no sofá. — É só... Complicado, só isso.

— O que você está falando? — Erika perguntou com leve preocupação, sentando-se ao lado dele.

Ele hesitou um pouco, pelo que a garota notou. Ele estava hesitante em contar a ela o que estava acontecendo e isso era algo novo, o que poderia acontecer com ele para fazê-lo hesitar tanto?

— Você se lembra do ano passado quando eu não fui para casa nas férias da Páscoa?

Erika assentiu silenciosamente, olhando atentamente para Justin.

— Tive problemas com a mãe. — ele disse com um suspiro trêmulo. — O mundo trouxa é muito preconceituoso, Eri. As coisas que parecem normais aqui para eles são as piores do mundo.

Ele parou, engolindo em seco quando sua garganta começou a ficar seca e apertada.

— Mamãe acha que por estar há muito tempo no mundo mágico estou adquirindo hábitos que não deveria. — Justin continuou. — E por mais que eu explique que não tem nada a ver com isso, ela não acredita em mim.

— Sinto muito ter que interrompê-lo, Tin, mas não entendi muito bem o que você quis dizer. — Erika disse suavemente.

— Sim, desculpe. — ele disse para respirar um pouco e endireitar as costas. — Nenhum de vocês sabe porque descobri que não era necessário contar já que vocês também não disseram nada e... — ele divagou um pouco e depois mexeu a cabeça e concentrado. — Eu gosto de meninos, Eri.

A garota de olhos azuis inclinou a cabeça, sim, isso a surpreendeu um pouco já que ela não esperava nem suspeitava, mas não era grande coisa. Por um segundo ela conectou o que havia dito segundos antes e entendeu, é claro, os trouxas não achavam isso comum, deduziu. Justin tinha uma cara que expressava que ele estava prestes a chorar, então Erika o abraçou com força.

— Lamento que sua mãe não tenha aceitado bem. — Erika disse a ele com verdadeira tristeza.

— Os dois mundos às vezes são tão diferentes, Eri. Juro que pensei que minha mãe entenderia. — ele disse com a voz quebrada.

O mundo trouxa era perigoso à sua maneira, assim como o mundo mágico, mas algo tão normal como se apaixonar por outra pessoa não era desaprovado por gênero como o mundo trouxa, mas por seu status sanguíneo. Qual das duas coisas foi pior?

Imagine ser um nascido trouxa e se apaixonar por um sangue puro do mesmo sexo de uma família conhecida.

Quão difícil seria, certo?

Justin e Hermione terão uma amizade linda na história, eles compartilham as mesmas experiências e cuidam um do outro.

Embora o ciúme de Erika não tenha sido tão perceptível, é apenas o começo, ela está apenas juntando as peças do quebra-cabeça...

Até breve. ❤️❤️

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